LENDAS URBANAS DA TURMA 13.05
ELETIVA CULTURAL
Professor: Francisco Assis.
Era uma noite de tempestade quando Lucas,
sozinho em casa de campo, ouvia batidas insistentes na janela. Pensou que era o
vento, mas as batidas seguiam um ritmo peculiar quase humano. Intrigado, foi até a janela, mas tudo o que viu
foi a escuridão e o reflexo do seu rosto no vidro.
Voltou para o sofá, tentando ignorar a
inquietação crescente, até que as batidas recomeçavam, desta vez acompanhados
de sussurros. Assustado decidiu verificar a porta da frente. Ao abri-la, encontrou
apenas o vazio da noite, mas quando se virou para entrar, viu algo que congelou
seu sangue. Havia pegadas molhadas no chão de madeira, indo em direção ao
quarto.
O coração disparou. Lentamente seguiu as marcas
que pararam bem em frente ao guarda-roupa.
Com as mãos tremendo, abriu a porta do móvel e
para sua surpresa, estava vazio. Quando se virou para sair do quarto, ouviu um
sussurro vindo de suas costas: “estou aqui”.
A menina de branco
Irei contar uma história que me
aconteceu em uma noite bela. Sim foi uma noite especificamente radiante no
Distrito do Taquaruçu em Palmas. Essa história aconteceu a mais de dez.
Lembro que saí de casa, a pé, por
volta das sete horas da noite e o caminho que iria percorrer era muito
distante. No início da viagem estava tudo bem até que fiquei defronte a uma
ponte velha suspensa em um dos lagos da região. Era uma ponte de madeira velha,
com fissuras e era necessário atenção ao passá-la.
Quando estava no meio dessa estrutura,
um vento forte percorreu o meu rosto e do nada, moldou-se um reflexo de uma
menina ruiva, vestida de branco, alguns passos a minha frente. Sua imagem
estava meio embaçada, mas o contorno era nítido. Do nada senti uma pressão
querendo me empurrar para trás, sustentei os meus pés quando ouvi um sussurro
no meu ouvido, uma voz chorona que me dizia para voltar.
Naquele momento achei que era alguma
pegadinha de algum parente, por isso, continuei. Pegadinha ou não, tinha
deveres a fazer, precisava ir até a casa da minha vó buscar um remédio para
minha mãe que estava muito doente em casa. No entanto quanto mais eu me
aproximava do fim da ponte, mais frio eu sentia, mais sussurros que me diziam
para retornar para minha casa. Não aguentando mais, comecei a realizar orações
e apelava para quem quer que fosse.
-
Por favor, deixe – me ir, minha mãe está muito doente.
Logo aquele frio foi diminuindo até
que terminei de atravessar a ponte.
Cheguei na casa da minha vó quando
contei tudo o que passara e logo meus tios me acompanharam de volta para minha
casa, mas não voltamos pela ponte, tomamos um caminho três vezes mais
longo. Sim, meus tios ficaram com medo
de minha história e não quiseram arriscar se encontrar com àquela imagem.
O curioso é que quando chegamos em
casa, minha mãe estava bem melhor. Pela manhã, na escola, contei para todo
mundo o que tinha acontecido naquela noite e o mais assustador foi saber de
alguns amigos que moravam próximo a minha casa sobre uma sucuri de
aproximadamente 8 metros de comprimento, com sua cabeça e boca aberta dentro de
uma grande fissura aberta da ponte. O estranho que a boca apontava para cima,
como se estivesse esperando por alguém. Esse alguém era para ter sido eu.
Palmas,
Colégio Estadual São José, 27 de setembro de 2024.
Emmanuelly,
Dayla, Wanna e o professor Francisco.
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